terça-feira, 15 de junho de 2010

Rolando os Dados - A difícil missão do mestre!


Olá senhoras e senhores roladores de dados! Como andam passando?

Nessa semana eu vim falar sobre um tema meio aleatório, mas que incorre na minha cabeça, durante a escrita de uma história ou a elaboração de uma partida de RPG.

A morte.

Dos personagens, claro. Nas histórias, diferentemente da vida, é difícil ocorrer de alguém morrer "por acaso", em um acidente sem nenhuma repercussão para a "história". Busquem em suas memórias qual filme vocês já viram que tem um tipo de morte assim.

Os filmes de aventuras fantásticas, assim como os livros, não tem mortes desnecessárias. Não, ao menos, de personagens importantes. Essas mortes geralmente tem um propósito, um objetivo pra história. Matar um personagem que o leitor não vai sentir falta e não vai se lembrar das circunstâncias do falecimento é chato, não significa nada.

Mas quando morre um personagem querido pelo leitor/jogador, em uma situação memorável, aí sim há um acréscimo no enredo.

Pessoalmente, como mestre, não gosto que os personagens morram do nada, apenas caindo em uma batalha secundária. Gosto que os jogadores sintam o risco, mas torço pra que eles vençam. Uma morte é bem aproveitada quando para um grande vilão, numa batalha épica, ou numa situação onde aquela morte permite que outros se salvem, ou que a missão seja completada. Ou ainda, quando aquela morte, por si só, cria mais e mais ganchos para histórias futuras.

Aconselho alguns filmes e livros para me fazer entender melhor. O Último Samurai faz um excelente uso desse tipo de morte, com significado, em diversas passagens. Gladiador também. São filmes que mostram um clima que eu, pessoalmente, curto em aventuras de RPG ou histórias escritas.

Pra quem gosta do oposto, existem também várias histórias com esse clima mais cru, mais realista ao extremo, mostrando certas mortes estúpidas e sem sentido, como de fato ocorre na vida real. Desses eu estou lendo Xógum, e existem várias passagens onde os samurais tratam a morte como algo banal. Além disso, acabam ocorrendo mortes tão reais quanto possível, quando, por exemplo, ocorre um abalo de terra, e cento e cinquenta e poucas pessoas são soterradas, e depois todos continuam vivendo como se nada houvesse acontecido.

Enfim, desculpem-me se divaguei demais, mas isso é um tema que recorre em mesas de jogo, e eu fico pensando qual forma de encarar a morte de personagens é a melhor.

Fantástico ou Realista?

Isso quem responde são vocês.

Sayonara.

PS: Eu tinha umas imagens maneiras pra colocar, mas o blogspot resolveu me impedir, então eu as postarei em uma outra ocasião. Gomen!

3 comentários:

Marcus disse...

Se realista fosse bom, eu n jogava RPG...
kkkkkkkkk....
Po o realista eh legal, mas nada supera uma bola de fogo no malvado...
Espero que vc esteja melhorando p voltar a postar ``O Bardo`` novamente...

Sayu disse...

ah vai, morte em rpg chega a ser engraçado XD o necromante do meu namorado já morreu duas vezes na aventura que jogamos! Na primeira delas, possuíamos um item que ressucitava apenas uma vez, sem penalidades, e foi tranquilo. Porém, na segunda vez, estávamos descendo por uma dungeon toda desenhada com criaturas multi-cabeças quando chegamos em um lugar aberto, escuro, o chão feito de ossos humanos. Apesar do grupo inteiro querer voltar, o necro foi na frente, para dar de cara com uma... QUIMERA! O pobrezinho não resistiu muitas rodadas, óbvio, e tivemos que sair correndo dali carregando o corpo dele. Depois todos nós tivemos que fazer uma vaquinha para ressucitá-lo no clérigo local!

Rodolfo disse...

Hahahahahahahahahahahahaha!!!!

Muito bom!
Mas, em alguns mundos de campanha, a morte é definitiva, não existem magias disponíveis para trazer alguém da morte. Essa matéria visa mais esse tipo de mundo. Realmente, me esqueci de citar os cenários onde a morte é mais banal, engraçada, onde magias podem anular a morte. É igualmente divertido, ainda mais quando o mestre constrói uma quest para trazer alguém de volta.

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